Continuando a analisar números…
Se analisarmos qual a distribuição dos gastos nos resultados económicos da Indústria Transformadora em Portugal, descobrimos que, a maior percentagem dos gastos está no "Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumida".
Os custos com o pessoal são normalmente a 3ª maior parcela dos custos.
(dados do Banco de Portugal 2013) |
Em todos os tipos de indústria e em todas tipologias de empresas, caso a caso, poderemos continuar esta análise para descobrir de acordo com o "Principio de Pareto", quais são:
- as 20% das matérias-primas que representam 80% do consumo;
- os 20% dos produtos finais, que representam 80% do consumo de matéria-prima;
- …
Podemos ainda detalhar o consumo de matéria-prima, e chegaremos a uma subdivisão do tipo:
- Matéria-Prima incorporada no produto;
- Desperdícios associados ao processo;
- Desperdícios associados a problemas de qualidade;
Será expectável que a maior parcela do consumo de matéria-prima esteja associado à matéria-prima incorporada no produto.
Assim sendo, para reduzir este gasto em produtos que já estejam em produção, deverá ser bastante difícil, pois só nos resta:
- Negociar com os fornecedores de matéria-prima.
- Fazer procura de novos fornecedores, com preços mais competitivos.
- Avaliar se uma redução nas especificações de matéria-prima, que permita uma redução de custo, têm impacto negativo na qualidade/performance do produto.
Se no entanto fizermos esta análise quando ainda estamos a desenvolver o produto, o número de restrições é consideravelmente inferior.
Pelo que durante as diferentes fases da vida de um produto teremos as seguintes oportunidades de redução de custo:
Logo o melhor caminho para reduzir os gastos será fazendo um bom trabalho de "Design to Cost" na fase de desenvolvimento de produto.
Tal já diz o povo "o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita".
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