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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Como reduzir os gastos na Indústria Transformadora em Portugal



Continuando a analisar números…

Se analisarmos qual a distribuição dos gastos nos resultados económicos da Indústria Transformadora em Portugal, descobrimos que, a maior percentagem dos gastos está no "Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumida".

Os custos com o pessoal são normalmente a 3ª maior parcela dos custos.


(dados do Banco de Portugal 2013)

Em todos os tipos de indústria e em todas tipologias de empresas, caso a caso, poderemos continuar esta análise para descobrir de acordo com o "Principio de Pareto", quais são:
  • as 20% das matérias-primas que representam 80% do consumo;
  • os 20% dos produtos finais, que representam 80% do consumo de matéria-prima;

Podemos ainda detalhar o consumo de matéria-prima, e chegaremos a uma subdivisão do tipo:
  • Matéria-Prima incorporada no produto;
  • Desperdícios associados ao processo;
  • Desperdícios associados a problemas de qualidade;

Será expectável que a maior parcela do consumo de matéria-prima esteja associado à matéria-prima incorporada no produto.

Assim sendo, para reduzir este gasto em produtos que já estejam em produção, deverá ser bastante difícil, pois só nos resta:
  • Negociar com os fornecedores de matéria-prima.
  • Fazer procura de novos fornecedores, com preços mais competitivos.
  • Avaliar se uma redução nas especificações de matéria-prima, que permita uma redução de custo, têm impacto negativo na qualidade/performance do produto.

Se no entanto fizermos esta análise quando ainda estamos a desenvolver o produto, o número de restrições é consideravelmente inferior.

Pelo que durante as diferentes fases da vida de um produto teremos as seguintes oportunidades de redução de custo:



Logo o melhor caminho para reduzir os gastos será fazendo um bom trabalho de "Design to Cost" na fase de desenvolvimento de produto.


Tal já diz o povo "o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita".

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