Com vista a incentivar/ajudar a melhorar a competitividade Europeia, foi criado o projeto “Estratégia Europa 2020”, donde sai o programa “PORTUGAL 2020”, para o ciclo 2014-2020.
Este programa dá um enfâse especial ao “Crescimento
Inteligente”, ou seja o desenvolvimento de uma economia baseada no conhecimento
e na inovação (diferenciação).
Eixo Prioritário I – REFORÇO DA
INVESTIGAÇÃO, DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E DA INOVAÇÃO (OT1)
O Eixo I visa cinco Objetivos
Específicos:
1- Aumentar
a produção científica de qualidade reconhecida
internacionalmente, orientada para a especialização inteligente e visando
estimular uma economia de base tecnológica e de alto valor acrescentado,
privilegiando a excelência, a cooperação e a internacionalização;
2- Reforçar
a transferência de conhecimento científico e tecnológico para o setor
empresarial, promovendo uma maior eficácia no Sistema de I&I e a criação de
valor;
3- Aumentar
o investimento empresarial em I&I, para promover o aumento das atividades
económicas intensivas em conhecimento e a criação de valor baseada na inovação,
reforçando a ligação entre as empresas e as restantes entidades do Sistema de
I&I;
4- Reforçar
as redes e outras formas de parceria e cooperação, que visem a inovação e a
internacionalização de empresas e das cadeias de valor (clusterização);
5- Aumentar
o investimento empresarial em atividades inovadoras (produto, processo, métodos
organizacionais e marketing), promovendo o aumento da produção transacionável e
internacionalizável e a alteração do perfil produtivo do tecido económico. (Grandes Empresas)
Eixo Prioritário II – REFORÇO DA
COMPETITIVIDADE DAS PME E REDUÇÃO DE CUSTOS PÚBLICOS DE CONTEXTO (OT3 E OT2)
O Eixo II visa quatro Objetivos
Específicos:
1- Promover
o empreendedorismo qualificado e criativo; (PME)
2- Reforçar
a capacitação empresarial para a Internacionalização, com vista a promover o
aumento das exportações e da visibilidade internacional de Portugal; (PME)
3- Reforçar
a capacitação empresarial das PME para o desenvolvimento de bens e serviços; (PME)
4- Reduzir custos de contexto através do
reforço da disponibilidade e fomento da utilização de serviços em rede da
administração pública e melhorar a eficiência da Administração.
Em termos numéricos este objetivo
traduz-se em termos em 2020 um investimento em I&D a situar-se entre os
2,7% e os 3,3% do PIB, sendo que o investimento em I&D em 2012 representou
1,5% do PIB.
Porquê a necessidade destes incentivos financeiros?
Como pudemos ver no 1º “post” - Acompetitividade portuguesa
Em termos de avaliação da competitividade
portuguesa feita pelo “World Economic Forum”,
Numa ranking final de 36/144 os maiores contributos
para baixar a classificação foram os subtemas:
- 3rd pillar: Macroeconomic environment – 128/144
- 8th pillar: Financial market development – 104/144
E dentro destes:
- 3rd pillar: Macroeconomic environment - Government debt, % GDP – 128,8%
- Ranking 138/144
- 8th pillar: Financial market development - Ease of access to loans –
2,4 – 108/144
In your country, how easy is it to
obtain a bank loan with only a good business plan and no collateral? (1 =
extremely difficult, 7 = extremely easy)
- 8th pillar: Financial market development - Soundness of banks – 4,2 – 111/144
In your country, how would you
assess the soundness of banks? [1 = extremely low—banks may require
recapitalization; 7 = extremely high—banks are generally healthy with sound
balance sheets]
- 8th pillar: Financial market development - Legal rights index – 3,9 – 113/144
Degree of legal protection of
borrowers' and lenders' rights on a 0–10 (best) scale
Ou seja, por outras palavras, a dívida
pública é extremamente elevada (o governo não têm dinheiro), e existe muita
dificuldade em conseguir empréstimos bancários junto dos bancos, visto que em
termos legais a proteção dos credores é deficiente e como a solidez dos bancos
é reduzida, os bancos não arriscam, salvo com planos de negócios muito bons.
É então necessário existirem outras formas para as empresas se financiarem, ou terem incentivos financeiros para o desenvolvimento do seu negócio.
Qual a razão o eixo I ser virado para a inovação e para as grandes empresas e o eixo II para as PMEs?
Como pudemos ver no 2º “post” - O estadoda Indústria Transformadora em Portugal
As PMEs representam:
- 99% das empresas da indústria transformadora
em Portugal, em termos de número de entidades;
- 47% do volume de negócios no setor;
- 77% do volume de trabalhadores no setor;
E onde a remuneração média anual por
trabalhador está abaixo da média no setor.
Em contrapartida as Grandes empresas
representam:
- 53% do volume de negócios no setor;
No 3º e 4º “posts” - Como reduzir osgastos na Indústria Transformadora em Portugal.
Pudemos ver que o valor acrescentado em
termos percentuais é menor nas grandes empresas, do que nas PMEs, pelo que o
foco nas redução dos custos é ainda mais importante, e sobretudo no
desenvolvimento.
No 5º “posts” - Como aumentar arentabilidade do seu negócio.
Falamos nas cinco forças de Michael
Porter
- O número de concorrentes e a
sua rivalidade em determinado momento (afetado positivamente com a
diferenciação/inovação e com o volume)
- A entrada de novos concorrentes
(afetado
positivamente com a diferenciação/inovação e com o volume)
- O poder de negociação dos
clientes (afetado
positivamente com a diferenciação/inovação)
- O poder de negociação dos
fornecedores (afetado
positivamente com o aumento de volume)
- O aparecimento de produtos
substituto (afetado
positivamente com a diferenciação/inovação)
No 6º “posts” - A diferenciação naIndústria Transformadora em Portugal
Pudemos ver que o gráfico da
Rentabilidade vs Volume para a Indústria Transformadora em Portugal está
bastante diferente do esperado.
Onde vemos que as Grandes Empresas estão a conseguir fazer um bom controlo dos custos, mas terão que apostar na inovação para aumentarem o valor acrescentado dos seus produtos e consecutivamente aumentarem a rentabilidade.
E vemos que as Microempresas e as Pequenas Empresas não estão a conseguir a diferenciação necessária, pois os seus níveis de rentabilidade são bastante reduzidos logo precisam de aumentar a diferenciação para conseguirem aumentar a rentabilidade e os aumentos de volumes que as levarão ás economias de escala.
Em que é que os eixos I e II do Portugal 2020 ajudam?
Eixo Prioritário I, Objetivos Específicos:
5- Aumentar o investimento
empresarial em atividades inovadoras (produto [DIFERENCIAÇÃO], processo
[CUSTOS], métodos organizacionais [CUSTOS] e marketing [DIFERENCIAÇÃO]),
promovendo o aumento da produção [CUSTOS] transacionável e internacionalizável e a
alteração do perfil produtivo do tecido económico [DIFERENCIAÇÃO]. (Grandes
Empresas)
Eixo Prioritário II, Objetivos
Específicos:
1- Promover o empreendedorismo
qualificado e criativo [DIFERENCIAÇÃO]; (PME)
2- Reforçar a capacitação
empresarial para a Internacionalização, com vista a promover o aumento das
exportações e da visibilidade internacional de Portugal [CUSTOS]; (PME)
3- Reforçar a capacitação
empresarial das PME para o desenvolvimento de bens e serviços [DIFERENCIAÇÃO+CUSTOS];
(PME)
Com este incentivos, tanto as grandes empresas como as PME podem ter uma ajuda a desenvolverem a sua competitividade, quer pela diferenciação, quer pela redução de custos associada ao aumento de volumes.
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