Aproveitando o gráfico do “post” anterior “Como aumentar a rentabilidade”
Se analisarmos a rentabilidade na Indústria Transformadora em Portugal, baseando-nos em dados médios do Banco de Portugal relativos ao ano de 2013, obtemos.
Comparando os 2 gráficos e assumindo que as microempresas produzem os baixos volumes e as grandes empresas produzem os grandes volumes, somos levados a concluir que existe um grande problema em termos de diferenciação das microempresas na indústria portuguesa, na indústria transformadora.
Ou seja, as grandes empresas conseguem controlar os seus custos, e aproveitar os benefícios de uma economia de escala, mas no entanto as microempresas não conseguem apresentar produtos de tal forma diferenciadores que lhes permitam manter preços de venda que tornem os negócios rentáveis.
Baseados nas 5 forças de "Porter" apresentadas no “post” anterior “Como aumentar a rentabilidade”, e no exposto anteriormente, concluimos:
- Nas microempresas, devido aos reduzidos consumos em termos de matérias-primas, o seu poder negocial com os fornecedores é reduzido.
- As microempresas tendo normalmente uma pequena carteira de clientes, existe uma acentuada dependência dos clientes, que conjugado com uma reduzida "diferenciação", reduz drasticamente o seu poder negocial com os clientes.
Tornando-se um desafio conseguir aguentar o esforço financeiro necessário para crescer, e aumentar os volumes de produção.
Então vamos investigar um pouco mais acerca da diferenciação em Portugal.
Assumindo como indicadores de diferenciação:
- Patentes concedidas;
- Marcas registadas;
- Registos de Design Industrial;
Usando dados da WIPO (World Intellectual Property Organization) para Portugal.
A evolução em Portugal desde 1999 até 2013
- Patentes concedidas
- Registos de Design Industrial
É notória a evolução ocorrida em Portugal, nos últimos 10 anos.
Vamos agora comparar a nossa capacidade de diferenciação, face ao país referência na Europa, a Alemanha, utilizando para a comparação os números de 2013 de Portugal e os da Alemanha.
Os números apresentados representam o número de registos por 100.000 habitantes.
Devemos então concluir que embora a evolução seja notória, ainda existe um longo caminho a percorrer.
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