Num mundo cada vez
mais globalizado e competitivo a redução dos custos de fabrico através do
aumento da eficácia, bem como da eficiência se tornam primordiais para a
subsistência de qualquer empresa.
No entanto, para
sermos eficientes no processo de identificação dos principais desperdício, ou
seja para utilizarmos o menor número de recursos possível na identificação dos
desperdícios, temos que estar focados e saber o que procurar e onde procurar as
ineficiências na produção.
Como forma empírica
de identificar uma forma de desperdício, nada melhor do que dizer que é tudo o
que não transforma ou agrega valor ao produto. Como tal os clientes não estarão dispostos a
pagar.
Nada melhor do que
ter uma lista, nessa lista estão identificadas 7 formas de desperdício, são
elas:
1. Excesso de produção (Overproduction)
Ocorre sempre que se
produz uma quantidade superior às necessidades do próximo processo ou para
além das necessidades reais do mercado. Esta forma de desperdício é apresentada
em primeiro lugar, pois contribui para a ocorrência de todas as outras.
Associada à filosofia de produção que está a ser utilizada.
Utilizando os termos
da linguagem "lean", se tivermos uma produção a trabalhar em
"push" (empurrar), estamos a produzir mais do que as necessidades,
estamos a "empurrar" os produtos para a etapa seguinte,
independentemente das necessidades da etapa seguinte, originando stocks,
esperas, etc.
Se por outro lado,
tivermos o nosso sistema produtivo a trabalhar em "pull" (puxar), só
será produzida a quantidade necessária quando aparece a necessidade, gerindo de
forma mais eficiente os recursos nomeadamente: pessoas, máquinas, espaço.
2. Stock (Inventory)
Acontece sempre que
possuímos stocks de produtos acabados ou
semiacabados superiores à quantidade mínima necessária, para evitar ruturas
na cadeia de fornecimento. De modo geral, esse desperdício representa a ocupação
de grandes áreas, bem como elevados custos financeiros.
3. Espera (Waiting)
Sempre que um
trabalhador, uma equipa ou uma máquina precisa ficar à espera por algum tipo de
material (matéria prima, semiacabada, etc.), para dar continuidade ao processo.
A espera é um desperdício que aumenta o leadtime, ou seja, acrescenta tempo
desnecessário ao processo de fabrico.
4. Transporte (Transportation)
Acontece sempre que
precisamos de movimentar matéria prima,
produtos semiacabados, produtos
acabados, entre as diversas etapas do processo. Embora o transporte seja necessário para o processo,
porém por ser uma atividade que não agrega valor ao produto, deverá ser sempre
minimizado.
5. Defeitos (Defects)
Sempre que algum
item no processo de produção ou mesmo o produto acabado não atende os
requisitos. Como resultado deste desperdício normalmente temos o refugo ou
retrabalho.
6. Movimentação nas operações (Staff movement/ Excess Motion)
Acontece quando os
operadores ou máquinas realizam movimentações dispensáveis no momento da
realização de uma atividade. Estas movimentações irão aumentar o tempo de ciclo
e o leadtime.
7. Processamento (Unnecessary processing/ Inappropriate Processing)
Sempre que, no
processo existem atividades desnecessárias, ou muitas vezes, incorretas. Sendo que essas atividades não agregam valor ao produto e/ou não
são requisitos do produto.
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