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quinta-feira, 5 de março de 2015

A rentabilidade vs o Ciclo de vida dos produtos



Nos dias que correm, cada vez mais somo “bombardeados” com novos produtos, em todas as áreas de mercado.

Este facto prende-se com 3 fatores principais:

  • A diferenciação da concorrência, já falado nos “posts”:

Como aumentar a rentabilidade do seu negócio” quando identificamos como uma das cinco forças de Porter era o aparecimento de produtos substitutos por parte dos nossos concorrentes o que torna os nossos produtos obsoletos.

A diferenciação na Indústria Transformadora em Portugal” onde identificamos a diferenciação como uma forma de facilitar a venda de produtos, com rentabilidades superiores.

  • O marketing, está no subconsciente dos clientes a premissa de pagar um preço superior por um produto que seja novidade.

  •  O ciclo de vida dos produtos, que iremos abordar neste post.

Normalmente o gráfico da rentabilidade de um produto ao longo da sua vida pode traduzir-se pelo gráfico abaixo.




Este gráfico apresenta 4 fases distintas:

  1. Introdução onde o produto começa a entrar no mercado, e por conseguinte os volumes de venda serão à partida reduzidos, as amortizações associadas a investimentos elevadas, e os custos produtivos elevados, normalmente os processos de fabrico ainda não estão otimizados e poderão existir alguns problemas de qualidade associados. 
  2. Crescimento o produto começa a ter aceitação no mercado, os volumes de venda começam a crescer significativamente, a estabilidade dos processos de fabrico começa a estabilizar, os problemas de qualidade a serem resolvidos.
  3. Maturidade os volumes de venda do produto atingem os seus valores máximos, e normalmente os custos produtivos estão nos seus níveis mínimos. 
  4. Declínio os volumes de venda começam à baixar, normalmente associado à entrada de novos produtos no mercado, para manter as vendas começam a surgir promoções, as séries de fabrico começam a reduzir, logo os custos produtivos aumentam e poderão surgir problemas de qualidade associados aos facto dos meios de fabrico poderem estar já bastante desgastados, não fazendo sentido nesta fase fazer grandes manutenções.

Para tentar reduzir as flutuações na faturação da empresa, bem como tentar manter a rentabilidade em níveis atrativos, normalmente as empresam encadeiam de forma desfasada o lançamento dos produtos, tal como é representado no gráfico abaixo.



Desta forma conseguem-se reduzir as variações da rentabilidade ao longo do tempo, tal como fica demonstrado pela linha vermelha que representa o nível médio.



Aplicando metodologias associadas à conceção do produto como: Design To Cost (DTC), incuindo Design To Manufacturing (DFM) e Design To Assembly (DFA) e o Design For Six Sigma (DFSS). As empresas estarão a trabalhar para aumentar o declive da curva na fase 2 (Crescimento), porque ainda na fase de conceção irão implementar otimizações no produto para que seja mais facilmente produzido, como menores índices de falha no arranque de produção, tudo isto leva a custos produtivos inferiores.

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