Problema
No mundo cada vez mais competitivos, onde os custos de produção baixos são primordiais para ter garantir boas margens, mesmo com preços de venda baixos, seriamos levados a pensar em aumentar as séries produtivas (lotes de fabrico). No entanto nenhum elemento na cadeia de valor de um produto pretende ter stocks elevados. Sendo assim, os custos produtivos associados a processos realizados com recurso a equipamentos de elevado custo, são severamente penalizados com a redução das séries económicas. De igual forma, equipamentos complexos, normalmente tem tempos de “setup” elevados, o que faz reduzir a disponibilidade do equipamento (ver “OEE - um excelente indicador operacional”). Podendo obrigar a investimentos elevados para multiplicar o número de equipamentos disponíveis.
O impacto do tempo de setup, no tempo de produção
por peça, é tanto maior quanto maior for a diferença entre o tempo de ciclo, e
o tempo de setup. Fazendo com que a flexibilidade da produção (lotes pequenos),
prejudique significativamente a produtividade (OEE), bem como os custos
produtivos.
No quadro anterior podemos ver que o impacto do tempo de setup, no tempo de produção por peça só começa a ser desprezável (<5%), para lotes de fabrico superiores a 1.000 peças.
No segundo quadro, temos um rácio tempo de setup/tempo de ciclo bastante inferior. Neste caso constatamos o impacto do tempo de setup, no tempo de
produção por peça já começa a ser desprezável (<5%), para lotes de fabrico
superiores a 100 peças.
Solução
A metodologia de SMED (Single Minute Exchange Die),
cujo nome provém do objetivo de ter mudanças de ferramenta a demorar menos de
10 minutos (single minute - um digito). Também por vezes denominada Troca
Rápida de Ferramentas, ou Quick Die Change (QDC).
O conceito desta metodologia é simples, temos que
observar a operação de “setup” (preparação) e categorizar todas as sub-operações
em duas categorias:
- Operações Internas - montagem e desmontagem que só eram possíveis com a máquina parada;
- Operações externas – todas as operações que podem ser realizadas com a máquina a trabalhar;
A utilização desta metodologia para a definição dos métodos operatórios e tanto mais importante quanto maior é o custo do equipamento/máquina que irá estar parado durante o "setup".
Com o objetivo de converter o máximo de operações internas em operações externas. Operações que estão a ser realizadas enquanto o equipamento está parado, passarem a ser realizadas enquanto o equipamento ainda está a operar/produzir.
Também deverá ser feita uma análise profunda à forma como são feitas as operações internas, por forma de encontrar alternativas mais rápidas, utilizando sistemas de aperto rápido, etc...
Caso prático
Como caso prático podemos pensar processo de desembarque e embarque num avião, pois estamos perante um caso em que a máquina (avião) têm um custo muito elevado, pelo que terá que ser rentabilizado ao máximo. Para as companhias aéreas, este problema é tanto maior, quanto menor for o tempo de voo (distância a percorrer).
- Operações Internas - montagem e desmontagem que só eram possíveis com a máquina parada;
- Operações externas – todas as operações que podem ser realizadas com a máquina a trabalhar;
A utilização desta metodologia para a definição dos métodos operatórios e tanto mais importante quanto maior é o custo do equipamento/máquina que irá estar parado durante o "setup".
Com o objetivo de converter o máximo de operações internas em operações externas. Operações que estão a ser realizadas enquanto o equipamento está parado, passarem a ser realizadas enquanto o equipamento ainda está a operar/produzir.
Também deverá ser feita uma análise profunda à forma como são feitas as operações internas, por forma de encontrar alternativas mais rápidas, utilizando sistemas de aperto rápido, etc...
Caso prático
Como caso prático podemos pensar processo de desembarque e embarque num avião, pois estamos perante um caso em que a máquina (avião) têm um custo muito elevado, pelo que terá que ser rentabilizado ao máximo. Para as companhias aéreas, este problema é tanto maior, quanto menor for o tempo de voo (distância a percorrer).
Vamos pensar num voo de Lisboa para Paris:
Neste caso temos, cerca de 1 hora de “setup” (desembarque + embarque) para 2,5 horas de voo. Cerca de 30% do tempo de produção, é ocupado com o “setup”, não agregando qualquer valor nem para a empresa nem para o cliente.
Neste caso temos, cerca de 1 hora de “setup” (desembarque + embarque) para 2,5 horas de voo. Cerca de 30% do tempo de produção, é ocupado com o “setup”, não agregando qualquer valor nem para a empresa nem para o cliente.
Agora vamos cascatear todas as operações internas e externas envolvidas:
Operações internas:
- Táxi do avião da pista até ao estacionamento
- Colocação da manga
- Abertura das portas
- Saída dos passageiros
- Descarregar bagagem
- Saída da tripulação
- Abastecimento de catering
- Abastecimento de combustível
- Entrada da tripulação
- Carregar bagagem
- Entrada dos passageiros
- Fechar portas
- Afastar manga
- Táxi do avião do avião até à pista
- etc
Operações externas:
- Movimentação das malas para os tapetes
- Compra dos bilhetes
- "Check In" dos passageiros
- Raio X dos passageiros
- Raio X das malas
- Movimentação das malas para os tróleis
- Preparação da comida de “catering”
- Transporte da comida de “catering”
- etc
Neste exemplo é bem evidente o impacto que o tempo de preparação têm no tempo total, bem como em todas as operações que necessárias, mas que no entanto foram pensadas e desenvolvidas por forma a não prejudicar a “disponibilidade” do tempo do avião.
Que de uma forma simplista poderá ser visto como o rácio entre
Tempo
no ar / (Tempo no ar + Tempo em terra)
Tempo a produzir / (Tempo a produzir + Tempo de "setup")
#SMED; #MRF; #QDC
Tempo a produzir / (Tempo a produzir + Tempo de "setup")
#SMED; #MRF; #QDC
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