Tal como os restantes processos dentro de uma
empresa, também no processo de “orçamentação”, ou também chamado “custeio”, onde é feita uma estimativa do custo de algum produto ou serviço vendável, deverá ser
implementada uma metodologia de melhoria contínua para reduzir os desvios associados a este
processo.
Quando se orçamenta um novo negócio estamos a
definir os resultados futuros da empresa, ou seja o futuro da mesma.
Vamos então ver como relacionamos a orçamentação
com o ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act).
Plan (orçamentar)
Esta á a 1ª fase, para a qual precisamos de
recorrer a diversos dados oriundos das mais variadas fontes, nomeadamente:
Dados
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Fonte
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Custo das matérias-primas e componentes
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Fornecedores
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Custo da eletricidade
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Fornecedores
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Custo dos equipamentos
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Fornecedores
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Custo da mão-de-obra
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Contabilidade / RH
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Custos gerais
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Contabilidade
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Prazos de entrega
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Fornecedores
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Outros
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Diversas
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Com estes dados e com a definição do produto e
processo que queremos orçamentar, conseguimos obter o nosso orçamento, que não
é mais do que uma estimativa do custo de fabrico.
Do (produzir)
Quando o cliente faz a encomenda do produto,
passamos à 2ª fase, onde vamos ter de produzir de acordo com a definição de
produto e processo que foi elaborada na 1ª fase.
Check (controlar)
Chegamos então à 3ª fase, onde vamos verificar os
seguintes itens:
- O
produto e processo foram realizados de acordo com o definido na fase de
orçamentação? - As matérias-primas e componentes custaram o que tínhamos previsto na orçamentação?
- A qualidade obtida foi de encontro às expectativas do cliente?
- O prazo de entrega foi cumprido?
Act (reajustar)
Esta é a fase normalmente esquecida.
Encontrando desvios em qualquer um dos controlos efetuados
na fase anterior, deverá a organização identificar quais as causas raiz para
esses desvios e reajustar os dados de entrada da fase 1 (orçamentação) para que
os mesmos desvios não se voltem a verificar.
Em termos de qualidade, este fechar do ciclo é
normalmente chamado de “feedback para a origem”.
Nota para reflexão
Tal como vimos no “post” Como reduzir os gastos na Indústria Transformadora em Portugal, na
indústria portuguesa, em média a distribuição dos gastos é repartida por:
- 61,5% com os custos das mercadoria vendidas e das
matérias consumidas;
- 17% com os custos dos fornecimentos dos serviços
externos;
- 12,7% com os custos com o pessoal;
Resumindo, quase 80% dos custos estão associados
bens/serviços comprados a fornecedores.
Isto leva-nos a concluir que o processo associado
ao fluxo de informações entre as compras e a orçamentação deve estar bem documentado
e sob controlo apertado, por forma a garantir que quem orçamenta têm sempre os
valores mais corretos e atualizados possível.
Tendo especial atenção a:
- Prazos de validade dos orçamentos;
- Preços associados a volumes de compra;
Desta forma a organização estará a reduzir
significativamente os riscos do negócio.
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